DE JANEIRO A SETEMBRO GOVERNO FEDERAL ARRECADOU R$ 96,2 BILHÕES COM PRIVATIZAÇÕES, CONCESSÕES E DESINVESTIMENTOS. DE JANEIRO A SETEMBRO GOVERNO FEDERAL ARRECADOU R$ 96,2 BILHÕES COM PRIVATIZAÇÕES, CONCESSÕES E DESINVESTIMENTOS.
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DE JANEIRO A SETEMBRO GOVERNO FEDERAL ARRECADOU R$ 96,2 BILHÕES COM PRIVATIZAÇÕES, CONCESSÕES E DESINVESTIMENTOS.








Até setembro, o governo federal levantou R$ 96,2 bilhões (US$ 23,5 bilhões) com desestatizações nas mais diversas modalidades. O valor foi divulgado hoje (3) pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar. 

Segundo Mattar, o governo cumpriu a meta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de levantar US$ 20 bilhões em desestatizações neste ano. O número foi anunciado por Guedes no Fórum Mundial Econômico em Davos, na Suíça, ainda em janeiro. 

A maior parte do montante vem de privatizações e desinvestimentos, com R$ 78,6 bilhões. Nessa modalidade, a União se desfaz definitivamente das empresas (ou de participações em empresas), e o dinheiro entra na conta financeira do Orçamento para abater a dívida pública. Mattar confirmou que Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal não estão nos planos do governo para serem privatizadas, no entanto o valor obtido com cinco subsidiárias da Petrobras (Belém Bioenergia, BR Distribuidora, refinaria de Pasadena, distribuidoras no Paraguai e TAG) e cinco campos de petróleo (Enchova e Pampo, Baúna, Maromba, Tartaruga Verde e os campos no Pólo Macau) também compõe o total arrecardado. 

As concessões, nas quais o governo repassa a administração de empresas e empreendimentos à iniciativa privada por um período, somou R$ 5,7 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Nas concessões, o governo pode renovar ou pegar os ativos de volta no fim do contrato. 

Foi ainda incluindo no demonstrativo as vendas de ativos naturais que somaram R$ 11,9 bilhões. 

A conta incluiu ainda a venda de três distribuidoras da Eletrobras ocorridas no fim de 2018, mas cujos recursos só entraram no caixa em 2019 (Amazonas Energia, Companhia Energética de Alagoas e Uirapuru Transmissora).

O levantamento inclui ainda a venda da participação da União, da Caixa e do Banco do Brasil (BB) no IRB (antigo Instituto de Resseguros do Brasil). Além disso, inclui as vendas de ações da Caixa na Petrobras, as vendas de participações do BB na Neoenergia e na Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação.

Por fim, as privatizações e os desinvestimentos incluem a venda de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) em seis empresas públicas e privadas. 

Em relação às concessões, o levantamento destaca o leilão de 12 aeroportos (seis na Região Nordeste, dois no Sudeste e quatro no Centro-Oeste), além da venda de dois terminais do Porto de Santos (SP), um terminal no Porto de Paranaguá (PR), da concessão da Ferrovia Norte–Sul e de terminais de portos no Pará. 

Mattar citou ainda as 17 estatais que estão no Programa Nacional de Desestatização (PND), cujos estudos para privatização estão abertos. Desse total, oito haviam sido incluídas no programa em governos anteriores e oito foram acrescentadas em agosto. 

Entre as empresas no PND, estão Eletrobras, Correios e Casa da Moeda. Segundo o Ministério da Economia, a privatização da Casa da Moeda e dos Correios exigirá proposta de emenda à Constituição (PEC). A venda da Eletrobras exigirá projeto de lei. "Precisamos reduzir este Estado gigantesco, obeso, lento, burocrático e oneroso para os pagadores de impostos que interfere na vida do cidadão e do empresário", disse Mattar.


Fonte: EBC