A brasileira é uma das maiores autoridades da “física das astropartículas”, que são as partículas que compõem ou interagem com a matéria, como neutrinos e núcleos atômicos. As possíveis fontes dessas astropartículas podem ser buracos negros supermassivos, galáxias com intensa formação de estrelas, estrelas dissociadas por buracos negros e colisões causadoras de ondas gravitacionais.
Olinto tem contribuído teórica e experimentalmente com estudos e pesquisas sobre astropartículas, como a teoria inflacionária, a origem e evolução dos campos magnéticos cósmicos, a natureza da matéria escura, dentre outros.
Segundo a pesquisadora, “Do pós-doutorado em diante, me dediquei a construir este novo campo que reúne as duas áreas do meu interesse anterior”, afirmou.
Em conjunto com a NASA, Olinto lidera projetos como o Observatório espacial do universo em um balão de superpressão, o EUSO-SPB. O balão tem previsão de voo em 2023 para detectar raios cósmicos de ultra alta energia. Outro projeto é o POEMMA que, caso aprovada para construção e voo, levará uma sonda em uma missão no espaço com objetivo de estudar as astropartículas mais energéticas, raios cósmicos e neutrinos ultra energéticos, e descobrir suas fontes de interações.
“Sou privilegiada por ter seguido perguntas inspiradoras sobre o nosso universo, e ter construído parcerias e colaborações brilhantes no caminho. É uma grande alegria ser reconhecida pelos meus colegas cientistas, especialmente em um ano tão desafiador”, diz Olinto.
Fonte: Revista Exame